Jogos Mundiais dos Povos Indígenas: Um Marco em Palmas

Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas marcaram minha vida há quase uma década, quando, em 2015, vi Palmas, a jovem capital do Tocantins, se transformar num palco vibrante de cultura e esporte. Por mais de 25 anos, explorei este estado como jornalista de viagem, mas nada se comparou à energia daqueles dias entre 23 e 31 de outubro. Na Vila Olímpica dos Povos Indígenas, na região sul da cidade, 24 etnias brasileiras e 24 internacionais se reuniram para competir e celebrar suas tradições. Desde então, esse evento se tornou um símbolo do potencial turístico de Palmas, e neste artigo, quero te levar comigo nessa jornada, mostrando como ele abriu portas para um turismo rico e consciente no Tocantins.

 Quando penso naquele outubro, sinto ainda o calor do Cerrado e o som dos maracás ecoando na brisa. Para mim, os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas não foram só uma competição – foram uma janela para a alma de um estado que pulsa diversidade. Hoje, com base na minha experiência, vou te guiar por esse marco histórico, pelos atrativos que ele destacou e pelas dicas práticas para você explorar Palmas e além. Se você já hesitou em visitar o Tocantins por achar que é distante ou pouco conhecido, prepare-se para mudar de ideia. Vamos juntos?

Jogos Mundiais dos Povos Indígenas palácio Araguais

O Que Foram os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas?

Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas aconteceram pela primeira vez em 2015, numa iniciativa que uniu esporte e cultura como eu nunca tinha visto. Durante nove dias, a Vila Olímpica dos Povos Indígenas, com seus impressionantes 260.000 m², foi o lar de mais de 2.300 participantes de países como Canadá, Etiópia e Mongólia, além de etnias brasileiras como os Karajá e os Xavante. Ali, próximo ao Estádio Nilton Santos, as competições tomaram forma, divididas em duas categorias: Jogos de Integração, que promoviam a união entre os povos, e Jogos de Demonstração, que exibiam tradições únicas.

Entre as modalidades, havia de tudo: arremesso de lança, arco e flecha, cabo de força, natação, canoagem, corrida simples, corrida de fundo e a impressionante corrida com tora – um teste de força que me deixou boquiaberta. Além disso, vi disputas como futebol e outras menos conhecidas, como jikunahati, jawari, akô, kagót, kaipy, ronkrãn e peikrãn, nomes que ecoam a riqueza cultural indígena. Cada vitória era celebrada com medalhas feitas de matérias-primas locais, um toque que conectava os atletas à terra do Tocantins.

Mais de 270 voluntários, muitos vindos de longe, ajudaram a dar vida ao evento. Para mim, que cobri cada detalhe como jornalista, foi fascinante ver como Palmas, uma cidade planejada desde 1989, conseguiu acolher tamanha celebração. Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas não só movimentaram a região, mas também plantaram a semente de um turismo que valoriza o passado e o presente.

Por Que Palmas Sediar os Jogos Mundiais?

Você já se perguntou por que Palmas, uma capital tão jovem, foi escolhida para os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas? Eu me fiz essa pergunta em 2015, e a resposta está na essência da cidade. Fundada em 1989 para ser o coração do Tocantins – o estado mais novo do Brasil, criado em 1988 –, Palmas nasceu com um pé na modernidade e outro na natureza. Localizada às margens do Lago de Palmas, formado pela Usina Luís Eduardo Magalhães, ela é cercada pelo Cerrado e está a um passo da Amazônia, uma posição privilegiada que reflete a conexão com os povos indígenas.

Além disso, a infraestrutura planejada da cidade foi um trunfo. A Vila Olímpica, na região sul, e o Estádio Nilton Santos ofereceram o espaço perfeito para as competições. Durante os Jogos, percebi como Palmas soube equilibrar sua juventude com a ancestralidade dos participantes. Foi um momento de orgulho para o Tocantins, e, desde então, vejo a capital como um ponto de partida para quem quer explorar o estado com olhos curiosos.

Como os Jogos Transformaram o Turismo em Palmas

Banner dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas deixaram um legado que vai além de 2015 – eles mostraram ao mundo que Palmas é mais do que uma capital administrativa. Para mim, que já escrevia sobre turismo no Tocantins há décadas, o evento foi um divisor de águas. Antes, muitos viajantes viam o estado como sinônimo apenas do Jalapão, mas os Jogos trouxeram os holofotes para a capital e seus arredores. Hoje, visitar Palmas é mergulhar numa mistura de cultura, história e natureza que poucos destinos oferecem.

Praia da Graciosa: Onde os Jogos Ganharam Vida

Embora a Vila Olímpica tenha sido o centro oficial, a Praia da Graciosa, às margens do lago, também brilhou durante os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Com 520 metros de orla, suas águas calmas e mornas refletiam as danças indígenas que vi ao pôr do sol. Na época, a praia era um ponto de encontro para turistas e locais, e até hoje mantém esse charme. Já passei tardes inteiras ali, sentindo a brisa e provando um tucunaré assado nos quiosques.

Quer uma dica? Visite entre maio e setembro, na estação seca, quando o nível do lago está perfeito para banho. Se você acha que praias de rio não têm graça, experimente o pôr do sol da Graciosa – garanto que vai mudar de ideia.

Praça dos Girassóis: O Coração Cultural de Palmas

A poucos minutos da praia, a Praça dos Girassóis – segunda maior do mundo – foi outro destaque dos Jogos. Durante o evento, vi apresentações culturais que enchiam o espaço de vida. Caminhar ali é como passear pela história recente do Tocantins: o Palácio Araguaia, sede do governo, e o Memorial Coluna Prestes, projetado por Oscar Niemeyer, contam a saga de uma capital planejada. E não perca o Centro Geodésico do Brasil, o ponto central do país – perfeito para uma foto.

Para mim, a praça é um convite à reflexão sobre como os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas conectaram o moderno ao ancestral. É um lugar que todo viajante deveria conhecer.

Taquaruçu: A Natureza ao Alcance de Palmas

A 30 km da capital, Taquaruçu é um tesouro que muitos descobriram por causa dos Jogos. Com mais de 80 cachoeiras, como a do Roncador, com seus 70 metros, e a do Escorrega Macaco, o distrito é um refúgio natural. Durante o evento, vi turistas se aventurarem por lá, e eu mesma já desci a tirolesa do Pontal, uma das maiores do Brasil, com 1.300 metros. O acesso exige cuidado – as estradas de terra podem ser um desafio na chuva –, mas vale cada segundo.

Se você hesita por achar que é muito isolado, saiba que Taquaruçu é perfeito para um bate e volta desde Palmas. Leve um espírito aventureiro e mergulhe nessa experiência.

Dicas Práticas para Explorar Palmas Pós-Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Agora que você conhece o impacto dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, que tal planejar sua visita a Palmas? Depois de 25 anos explorando o Tocantins, aqui vão minhas dicas para aproveitar ao máximo:

  • Como chegar: O Aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues, a 18 km do centro, tem voos regulares de Brasília, São Paulo e Goiânia. Se preferir estrada, a BR-153 conecta Palmas a outras regiões.
  • Melhor época: De maio a setembro, o clima seco é ideal para praias e cachoeiras. Evite outubro a abril, quando as chuvas podem complicar os passeios.
  • O que fazer: Além da Praia da Graciosa e da Praça dos Girassóis, explore o Parque Cesamar, perfeito para caminhadas, e o Capim Dourado Shopping, onde já comprei artesanatos locais.
  • Gastronomia: Não deixe de provar o tucunaré, um peixe típico do rio Tocantins, ou o doce amor-perfeito, herança de Natividade.

Se a distância te preocupa, relaxe: Palmas é mais acessível do que parece, e o custo-benefício compensa cada quilômetro percorrido.

O Legado Sustentável dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas me ensinaram algo valioso: turismo pode – e deve – ser consciente. O evento destacou a importância de preservar o Cerrado e apoiar comunidades como os Karajá da Ilha do Bananal. Viajar para Palmas é uma forma de valorizar esse legado. Em 2015, conheci um artesão Mapuche chamado Juan Antonio, que me disse: “Trouxe meu artesanato e levei a energia dessa terra”. Essa troca cultural é o que faz o Tocantins especial.

Portanto, ao visitar, respeite a natureza e as tradições locais. Pequenas ações, como evitar lixo nas praias ou comprar de artesãos, fazem a diferença. Você não precisa ser um especialista para ajudar – apenas venha com o coração aberto.

Por Que Você Deveria Visitar Palmas Agora?

Se os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas me mostraram algo, foi que Palmas é um destino único. A capital combina o planejamento urbano com a força da natureza e da cultura indígena, algo que poucos lugares no Brasil oferecem. Além disso, é a porta de entrada para o Tocantins, um estado cheio de surpresas como o Jalapão, a Ilha do Bananal e as Serras Gerais. Já pensou em quantas histórias você pode viver aqui?

Então, pare de adiar essa viagem. O Tocantins não é só um ponto no mapa – é uma experiência que transforma. Para começar, baixe o eBook gratuito “Guia Exclusivo do Tocantins: Luxo e Natureza”, um guia prático que criei com base na minha vivência, e confira o TocantinsCast no YouTube, com vídeos que te levarão aos cenários que descrevi. Sua aventura começa agora!


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Índio com cocar nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Adorei te levar nessa viagem pelos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas e por Palmas! O que achou do artigo? Tem planos de visitar o Tocantins ou alguma dúvida sobre a viagem? Deixe um comentário abaixo – vou adorar conversar com você! E, se gostou, compartilhe com amigos e apaixonados por turismo. Vamos juntos mostrar ao mundo as belezas do Tocantins!

Ao centro uma grande estrutura para convivência e integração. Todo complexo dos jogos está localizado no centro do plano diretor completo da cidade, aproveitando as margens do lago do ribeirão Taquaruçu.

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